domingo, 24 de março de 2013

Ás vezes eu queria te contar, por que você, no mínimo, não deve saber. Ás vezes eu queria te contar que sou eu quem vai te fazer feliz nas suas piores noites de domingo e nas melhores manhãs de segunda. Que sou eu quem vai fazer uma comida descente quando você estiver com fome e lembrar que não sabe cozinhar, que vai deixar de ver os filmes bonitinhos pra assistir futebol com você, que sou eu quem vai ignorar a sua cara de não-me-toque-eu-to-sem-paciência e começar a maior guerra de caretas que alguém pode fazer. Que sou eu, sabe? que sou eu quem vai te abraçar quando você sentir aquela saudade absurda de todo mundo que faz falta e, por pior que pareça, não vão mais voltar. Eu queria hoje, mais do que todas as outras coisas, te dizer que sou eu. Na verdade, te dizer até que eu sou a única, sem exceção. Que eu sou a única que aguenta o seu mal humor quando seu time perde, quando chove e você precisa sair, quando a culpa não é sua e só sobra pra você, quando a corda do seu violão quebra, quando seu pai acha que você precisa ser mais do que já é e quando suas amigas decidem controlar a sua vida. No fundo não é segredo, você também sabe e concorda, eu sou a única. Ninguém mais te aguenta sem reclamar, sem desistir, sem abrir mão antes do primeiro mês. Eu queria poder te dar um soco, mas, um bem forte, e gritar bem alto pra você parar de procurar, de conferir, de vasculhar. Não tem o que achar. Única, você consegue entender isso?

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